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Faça um comentário sobre este texto: Na sociedade brasileira do princípio do século XIX, à época da independência, a escravidão era uma instituição ainda dominante no país, principalmente em determinadas regiões: no Rio de Janeiro, os escravizados faziam parte da paisagem urbana e eram empregados em inúmeras atividades. Eram comuns as figuras das “negras de tabuleiro”, que vendiam seus quitutes em ruas movimentad, , próximo ao porto, por exemplo, como as que foram representadas por Henry Chamberlain na aquarela ao lado.
As “negras de tabuleiro” usavam amuletos variados, como as figas, que garantiam proteção e sorte, revelando um complexo universo cultural, ainda hoje presente e repleto de significados.
A seguir, é apresentado um texto do historiador Eduardo França Paiva, no qual são analisadas as representações desses objetos. Amuletos, talismãs e figas: Mediterrâneo, África e Brasil Contra mau-olhado, inveja, bruxarias, doenças do corpo, males do espírito; símbolos de autoridade e de poder, instrumentos rituais e mágicos: todas essas possibilidades vêm sendo atribuídas a amuletos e talismãs desde a Antiguidade até os nossos dias. No Brasil atual, ainda se acredita que os amuletos estão mais associados a cultos afro- brasileiros, o que nem sempre é verdadeiro. Um caso clássico é o da figa. Vinculada a um passado escravista e, por isso, a uma origem africana, é um amuleto antiquíssimo, provavelmente da Europa mediterrânica, e que não teve só a função que hoje se conhece, de trazer sorte e proteger o usuário: a semelhança com as genitálias masculina e feminina sugere uma referência à sexualidade e à fertilidade. E mesmo vindo do Mediterrâneo, foi perfeitamente incorporado aos amuletos afro-brasileiros, evidenciando assim uma mistura de culturas.
PAIVA, E. F. Pequenos objetos, grandes encantos. Nossa História, São Paulo, ano 1, n. 10, p. 58-59, ago. 2004.

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