De acordo com o estudo, apenas 10% das empresas de manufatura globais podem ser consideradas “Digital Champions”, enquanto quase dois terços ainda não iniciaram ou estão iniciando suas jornadas digitais. “As empresas asiáticas estão superando as suas concorrentes ocidentais porque têm a vantagem de estabelecer operações digitais robustas com lacunas praticamente nulas em termos de automação de fábrica, força de trabalho e redes de tecnologia de informação da organização. Eles não têm vários sistemas e instalações complexos para atualizar, integrar ou descartar. Além disso, as empresas asiáticas parecem mais ansiosas para experimentar novos modelos de negócios e desenvolver produtos e serviços inovadores”, explica Ronaldo Valiño, sócio da PwC Brasil. Dois setores lideram globalmente o índice de maturidade digital: automóveis, com 20% das empresas, e eletrônicos, com 14% das organizações. Já os setores com menos Digital Champions são os de bens de consumo (6%), manufatura industrial (6%) e indústrias de processo (6%). Para Valiño, uma das razões pelas quais as empresas automotivas e de eletrônicos estão superando outros concorrentes do setor é o alto nível de integração da cadeia de suprimentos e o planejamento integrado de ponta a ponta. “O esforço de décadas da indústria automobilística para obter eficiência, acelerar a produção, reduzir o desperdício e recuperar o capital de giro por meio de técnicas enxutas significou buscar sempre melhorias e novas tecnologias para ajustar suas cadeias de suprimentos já bem estabelecidas. As empresas de eletrônicos geralmente mantêm relações estreitas e de longa data com fornecedores e fazem uso frequente de fabricantes contratados terceirizados para atender à alta variação de demanda e ciclos de vida curtos.”, afirma. Segundo Ronaldo Valiño, os setores de automóveis e eletrônicos lideram globalmente o índice de maturidade digital. Quais são as razões dessa liderança?