"Uma mãe é vista pela escola como ausente na vida escolar de seus filhos, não comparece às reuniões de pais e nem às conversas com a coordenação, nunca atende ao telefone e nunca ninguém a vê. Moram em comunidade marcada pe
lo tráfico, prostituição e violência.
A Inspetora que fica no portão ouviu um comentário de um grupo de mulheres de que a mãe em questão vivia bêbada
e se drogava juntamente com outros homens que visitavam sua casa frequentemente, dizia-se até que se prostituía e
m troca de drogas.
Rapidamente, a Inspetora foi até o assistente social da escola e relatou o comentário ouvido no portão, e ainda disse q
ue como assistente social deveria chamar a polícia, o conselho tutelar, a imprensa e solicitar a prisão da mãe, a retira
da das crianças de caso, pois aquilo era um absurdo!
O assistente social agradece a informação, olha o cadastro da criança, procura por ela e tenta conversar, mas a crianç
a parece assustada e fica somente em silêncio. O assistente social resolve, então, fazer uma visita domiciliar, e depois
de muita insistência consegue ser recebida pela mãe. Ao entrar na casa, fica perplexo com o cenário, pois a mãe estav
a com muitos hematomas em seu rosto e braços, havia muitos móveis e objetos quebrados e ela falava num tom de v
oz baixo e trêmulo. Seu olhar sinalizava que, a qualquer momento, alguém poderia entrar. Questionada sobre a situaç
ão, a mãe, em prantos, acaba revelando que ela sofre violência doméstica por parte de seu companheiro todas as noit
es, ele ainda a ameaçava e a impede que saia, explicando o motivo pelo qual não comparece à escola. A mãe ainda re
latou que era inútil e que a culpa era dela por sofrer tais volências, pois se escutasse e fizesse o que o companheiro ex
igia, ela não sofreria maus tratos" (Extraído do texto: YONEHARA, M. Y. e SIKORSKI, D. Psicologia Social. Maringá-
Dr. Ilnicorumar 2018
219 2201​